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Redes de franquias investem em lojas próprias para expandir


De um lado, os candidatos a franqueado mais cautelosos. De outro, os custos de ocupação dos shoppings mais tradicionais e consolidados ainda bem salgados para o atual momento econômico. Entre eles, a franqueadora disposta a não deixar escapar uma boa oportunidade e garantir a presença da marca em endereços considerados estratégicos. Este é o cenário atual principalmente no eixo Rio-São Paulo, que tem provocado um movimento no franchising que há tempos não se via – a expansão de redes por lojas próprias.

Com 68 anos de mercado e há 10 no franchising, a gaúcha Bibi Calçados é uma das que encabeçam o movimento. Das 92 lojas em operação, 17 são próprias, seis delas em shoppings da capital paulista – Center Norte, Morumbi, Eldorado, Anália Franco e Ibirapuera. “São endereços com custos de ocupação muito altos em tempos de crise”, admite Andrea Kohlrousch, diretora de franquia. “Em outros locais as negociações são mais flexíveis, mas nos shoppings consolidados, não”. Disposta a marcar presença e a reforçar a marca, apontada como uma das mais inovadoras no segmento de calçados infantis, a franqueadora decidiu expandir com operações próprias e no futuro fazer os repasses para os franqueados gradualmente.

Segundo Andrea, a expansão com lojas próprias também permite à franqueadora realizar um trabalho de aproximação com as grandes operadoras de shopping centers e, assim, garantir melhores condições de negociação para os futuros franqueados.

Inicialmente, a ideia era trabalhar com lojas próprias apenas num raio de 200 km da fábrica, instalada no Rio Grande do Sul, as quais funcionariam como laboratório de teste da franquia. “A virada na economia e a determinação em dar continuidade ao processo de crescimento da rede nos fez mudar de ideia”, diz a executiva.

Para Marcelo Cherto, da Cherto Consultoria, o movimento não é novo, ganhou força anos atrás quando a indústria decidiu se aproximar mais do consumidor final e agora começa a tomar corpo novamente. “Só não acontecia mais nos diversos segmentos do franchising porque não havia necessidade, sobravam interessados em operar mesmo com custos altos, porque o retorno era certo”, afirma. “A economia mudou, começaram a surgir pontos bons em shoppings cobiçados que até pouco tempo não existiam e as marcas não podem perder as boas oportunidades”.

É o que pensa Marcia Missako, sócia-fundadora da Green, rede de franquias especializada em moda infantil. Com 30 lojas em operação e mais de 25 anos de mercado, a empresa passou por uma revitalização total do negócio entre 2008 e 2015.

“Desenhamos uma estratégia de expansão e exposição da marca que pretendemos seguir à risca”, afirma a empresária. “Apesar do mercado desaquecido, nós acreditamos no potencial do negócio e temos a certeza de que é hora de expandir”, diz.

Nessa linha, as três últimas unidades inauguradas foram em shoppings – Villa Lobos, Morumbi e Barra Shopping. Todas próprias, sendo a do Villa Lobos a primeira com projeto assinado pelo arquiteto Arthur Casas, que deverá permear toda a rede. “Os shoppings estão mais flexíveis, temos recebidos boas propostas de negócios e não dá para abrir mão”, afirma Marcia. “Sabemos o custo do risco e os resultados que a marca é capaz de trazer, daí a decisão em expandir com lojas próprias”, diz ela.

A empresária tem consciência, porém, que para o franqueado determinados pontos neste momento ainda têm custo muito alto, somando-se taxas de ocupação, 13ª aluguel, além das obrigações com a franqueadora. A fim de moldar o negócio à realidade do momento, a rede conta com três modelos de operação, com custos que variam de R$ 200 mil a R$ 500 mil.

Segundo Altino Cristofoletti Junior, presidente da ABF, construir uma marca nos shoppings fortes e consolidados leva tempo, daí a importância das franqueadoras investirem com lojas próprias em pontos considerados estratégicos. “Cada caso é um caso, mas a presença abre oportunidades para negociações que podem beneficiar toda a rede”, afirma.

Esse é o pensamento de Rodrigo Ferreira, diretor da rede O Rei do Picadinho, com apenas dois anos de mercado. “Nossa franquia é muito nova, por isso optamos iniciar a expansão nos grandes shopping centers com lojas próprias”, afirma.

“As administradoras se sentem mais seguras em negociar direto com a franqueadora e esta, por sua vez, consegue alinhar melhores tratativas para os franqueados que virão”, diz ele. A previsão da rede é somar 12 unidades até 2018, tendo como principais endereços os shoppings Eldorado, Morumbi, Itaquera, Anália Franco, Santa Cruz e Interlagos, além do JK e do Center Norte, onde já está presente.

Fonte: SBVC

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