Juro do rotativo do cartão de crédito cai 1,6 ponto em agosto

A taxa média de juros no crédito recuou de 29% para 28,5% ao ano. Foto: Thiago Teixeira/Estadão
O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito caiu 1,6 ponto porcentual de julho para agosto, informou o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 399% em julho (dado revisado ante os 399,1% anteriores) para 397,4% ao ano em agosto.
O juro do rotativo é a taxa mais elevada do crédito para pessoa física e também a mais alta entre todas as avaliadas pelo BC. Dentro desta rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular caiu de 223,8% para 221,4% ao ano de julho para agosto. Esse é o juro cobrado dos clientes que usam o rotativo do cartão por até 30 dias e que fazem o pagamento mínimo da fatura em dia.
Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa passou de 89,2% para 87,5% de julho para agosto.
Em abril, começou a valer a nova regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos. A intenção do governo com a nova regra é permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recue, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.
A taxa média de juros no crédito livre caiu de 46,6% ao ano em julho para 45,6% ao ano em agosto. Em agosto de 2016, essa taxa estava em 53,1% ao ano.
Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre caiu de 63,8% para 62,3% ao ano, de julho para agosto, enquanto para pessoa jurídica cedeu de 25,3% para 24,4% ao ano.
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa recuou de 321,3% para 317,3% ao ano de julho para agosto. Para o crédito pessoal, caiu de 50,4% para 49,4% ao ano. Para veículos, os juros foram de 23,8% para 23,2% ao ano, de julho para agosto.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas (com recursos da poupança e do BNDES), recuou de 29,0% ao ano em julho para 28,5% ao ano em agosto. Em agosto de 2016, estava em 33,0%.
Calote.
Fonte: Estadão