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ARTIGO - Feriados 2020: R$ 5,65 bilhões em perdas para o varejo gaúcho

O ano de 2020 vai ter vários feriados em dias úteis a mais que em 2019. Algumas destas datas festivas caem em terças ou quintas, possibilitando que muitas atividades sejam paralisadas por mais de um dia, formando um super-feriadão. Isto afeta diretamente a economia em geral e o comércio em especial.


A perda nas vendas - motivada pelos dias parados para o varejo no Rio Grande do Sul - será de R$ 5,65 bilhões, valor estimado pela assessoria econômica da CDL Porto Alegre. Um único dia representa aproximadamente 4% do faturamento do mês. Se incluirmos os dias agregados em feriadão a perda é ainda maior. Muito além de apenas o dia parado, os feriadões geram viagens dos nossos clientes para consumir em outros locais. Como o RS não tem turismo tão forte como outros estados, temos uma redução de consumo nestas datas, gerando menos renda, menos trabalho e menos impostos.


Os feriados são agradáveis para quem tem o emprego formal, com carteira assinada, e tem estes dias sem trabalhar remunerados com salário fixo no fim do mês. Como estamos em um novo mundo do trabalho, em que ocorre a transformação do "emprego e renda" em "trabalho e renda", com a uberização da economia e muita criação de pequenas empresas e Micro Empreendedores Individuais, mais e mais pessoas vão se dando conta de algo que os lojistas já dizem há muito tempo: que os feriados reduzem a atividade econômica e diminuem o faturamento das empresas.


As vendas programadas podem ser parcialmente compensadas nos dias anteriores e posteriores aos feriados, mas as vendas por impulso, que dependem do fluxo de pessoas, essas não se recuperam. O varejo sofre com custos fixos, como aluguel e colaboradores, que impactam nos preços finais e comprometem a produtividade. As lojas vendem menos, mas o custo fixo não cai e a perda destes dias compromete o resultado dos varejistas. Esta quantidade de feriadões é prejudicial para a economia do RS, especialmente no ano de 2020, com forte expectativa de retomada de crescimento. Precisamos de mais trabalho, não de mais folga.


Por Sergio Galbinski - presidente da AGV


Artigo veiculado no Jornal do Comércio, na edição do dia 06/02/2020.

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